Paulo Bernardo diz que reajuste do Bolsa Família ameniza impacto da inflação sobre mais pobres
Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, durante entrevista em que anunciou corte adicional de R$ 8,2 bilhões no orçamento
Brasília - O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, durante entrevista em que anunciou corte adicional de R$ 8,2 bilhões no orçamento
Brasília - O reajuste no Bolsa Família teve como objetivo atenuar o impacto da inflação sobre a parcela mais pobre da população, disse hoje (25) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele negou que o aumento médio de 7% no valor dos benefícios, a partir do próximo mês, signifique que as despesas dos programas sociais tenham sido indexadas.
“A decisão foi tomada pelo presidente [Luiz Inácio Lula da Silva] para preservar os mais pobres, que são as maiores vítimas da inflação”, explicou o ministro, ao anunciar o contingenciamento adicional de R$ 8,2 bilhões no orçamento da União deste ano.
O aumento no Bolsa Família está acima da inflação oficial. Nos 12 meses terminados em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 5,58%. No entanto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para as famílias mais pobres, que recebem até oito salários mínimos, está em 6,64% no mesmo período.
Segundo Paulo Bernardo, o impacto do aumento do Bolsa Família será de R$ 350 milhões até o final do ano. Ele explicou que o índice de reajuste foi de 7%, mas, em alguns casos, o aumento foi um pouco maior por causa de arredondamentos nos novos valores.
Com o corte extra, o total de verbas bloqueadas no orçamento deste ano subiu para R$ 23,05 bilhões. Em abril, o governo havia contingenciado R$ 19,4 bilhões do orçamento. Um mês mais tarde, no entanto, R$ 4,55 bilhões foram desbloqueados, dos quais R$ 2,8 bilhões foram liberados para a Presidência da República e 13 ministérios e o restante foi destinado às reservas da União.
O contingenciamento adicional poderia chegar aos R$ 14,2 bilhões, necessários para aumentar a meta de superávit primário de 3,8% para 4,3% do Produto Interno Bruto (PIB). O superávit primário é a economia de recursos para o pagamento dos juros da dívida pública.
Com a reestimativa de aumento de receitas de R$ 6,6 bilhões, o corte foi reduzido para R$ 7,6 bilhões, porém mais R$ 600 milhões tiveram de ser bloqueados, para compensar o reajuste no Bolsa Família, e o gasto com outras despesas consideradas prioritárias pelo presidente Lula. Isso fez o contingenciamento ser elevado para R$ 8,2 bilhões.
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